terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pesquisa mostra como alunos da USP vêm a carreira de professor

Notícias 2012-10-01 Pesquisa mostra como alunos da USP vêm a carreira de professor Apesar de manifestaram grande respeito pela profissão, 52% dos alunos da licenciatura em Física não se interessam ou tem dúvida em se tornar professor Uma pesquisa da pedagoga Luciana França Leme, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), revela como os alunos de quatro cursos – Física, Matemática, Medicina e Pedagogia – enxergam a profissão de professor. Apesar de manifestaram grande respeito pela profissão, 52% dos alunos da licenciatura em Física e 48% dos estudantes de Matemática não se interessam ou tem dúvida em se tornar professor de educação básica. Na Pedagogia, 30% descartaram seguir o magistério ou estão em dúvida. Entre os alunos de Medicina, 15% pensaram em ser professor. Segundo a Agência USP, foram aplicados 512 questionários. A reportagem de Júlio Bernardes informa que os dois principais motivos para os jovens não escolherem a profissão de professor são as condições de trabalho e os salários. “Normalmente, quem queria entrar no magistério sabia exatamente o valor dos salários pagos aos professores, enquanto os que não tinham interesse estimaram valores fora da realidade, ou muito altos ou muito baixos”, disse a pesquisadora. Luciana França destaca que "boa parte dos alunos alegou que só seria professor se conseguisse ingressar numa escola reconhecida por ter bom trabalho educacional, onde pudesse ter relativa autonomia e ensinar com certa liberdade”. Ela salienta que a grande maioria manifestou "um grande respeito pela profissão de professor" e apontou “o papel do professor como carro-chefe da sociedade e principal responsável pela aprendizagem social e cognitiva das crianças e adolescentes”. Luciana defende maior reconhecimento da profissão. “O reconhecimento deve vir em termos de carreira e de salário, viabilizando meios de ascensão social que não passem pelo abandono da atividade educacional”, disse a pesquisadora. Ele defende que os cursos de Física e Matemática precisam conciliar mais a pesquisa científica com a formação de professores para a educação básica. “Muitos alunos entram pensando em fazer pós-graduação, seguir carreira acadêmica na universidade ou ir para outras profissões”, diz. “Na área de Pedagogia, há um maior interesse pelo magistério, mas é necessário que esses alunos vivenciem de forma mais intensa a experiência das salas de aula, especialmente das escolas públicas”.

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