terça-feira, 16 de março de 2010

Questionamento e educação como processo

Educação é um processo. Questionar é preciso...
Revista Gestão Universitária, Edição 216
Joana d’Arc Mariano Taveira

Educa-se pelo conhecimento, pelo convívio, pela esperança, pela fé, pelo amor e por osmose espiritual. Tudo o que o educador é e sente passa para seus educandos... Assim sendo, pelo reconhecimento ao seu valor e até por inteligência,toda comunidade:pais, políticos, religiosos, imprensa, mídia, justiça, organizações etc, deveria reconhecer sua importância e influencia em todos os setores da comunidade através de seu alunado: -até onde seu contato inicial se faz sentir? È impossível mensurar,pois são muitos os alunos,e cada qual possui:pais,avós,tios,irmãos,amigos,colegas etc... Sem dúvida,é incomensurável a força de um professor e a dimensão de sua influencia. E levando em consideração sua importância é que toda comunidade deveria desfraldar uma bandeira de valorização e vontade política para que esse profissional seja respeitado, sendo-lhe pago um salário digno que é seu meio de subsistência. O professor precisa estar sempre alegre,feliz,cheio de energia e entusiasmo para comunicar a seus alunos a alegria de aprender. E como conseguir isso,se seu salário não cobre as suas necessidades vitais e de sua família?Se suas preocupações ,às vezes extrapolam suas resistências emocionais?

Qualidade em educação passa essencialmente ,primordialmente pelo professor,passa pela sua satisfação,seu equilíbrio,seu conhecimento,sua competência,sua esperança,sua alegria. Sem salário que cubra suas necessidades existenciais de sobrevivência,cultura e progresso,nada disso é possível,nada é verdadeiro. E a tão sonhada liberdade?Os educadores são escravos dessa condição aviltante, degradante, onde falam, questionam, protestam, reivindicam e não são atendidos. Incautos os governantes vão deixando para depois a urgência que está causa requer e merece. Os educadores sonham com um computador,com novos livros,com uma pós-graduação,um mestrado, um doutorado...Mas sua realidade não permite.

Premio por produtividade excluem os aposentados das melhorias salariais. Apesar dessa realidade,os educadores sobreviverão .A cada dia surgirão novas falas rompendo o silencio ,o medo e a vergonha da realidade a que os impuseram. E bravamente seguirão fazendo sua história acontecer. E sem dúvida continuarão a viver o poema de Cecília Meireles:”APRENDI COM A PRIMAVERA A ME DEIXAR CORTAR E VOLTAR SEMPRE INTEIRA...” E é pela ação desses educadores, que além do tempo e do espaço,surgirá uma geração mais plena e consciente,revertendo a realidade que hoje impera :A desmoralização do professor. Concluindo parabenizo a GILBERTO DIMENSTEIN pelo seu artigo, publicado no clipping de 1/2/20010

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