Atividade em excesso prejudica desenvolvimento da criança
Notícias
29/06/10 -
Educar um filho não é tarefa fácil. Pesquisa da Universidade de Montreal, no Canadá, indica que crianças que passam muito tempo vendo TV têm dificuldades em Matemática. Outros estudos apontam que excesso de videogame é prejudicial e há os que garantem que os jogos eletrônicos auxiliam a visão. O que fazer diante de tanta informação?
Especialistas afirmam que o ideal é dosar as atividades, alternando tarefas que trabalhem os dois hemisférios do cérebro: o esquerdo, responsável pelo pensamento lógico, e o direito, mais criativo e sonhador.
"Para um bom desenvolvimento intelectual e social é importante mesclar atividades que estimulam os dois lados do cérebro, como jogos de lógica ou pintura", recomenda a coordenadora do curso Daniel Azulay, Vânia Januário.
Ela lembra que, enquanto desenha, por exemplo, a criança trabalha a sensibilidade, a percepção e a intuição, características que podem ser um diferencial no futuro. "Essas habilidades reforçam a autoestima, fundamental para a vida toda".
Neurologista da infância e adolescência, Marco Antônio Arruda afirma que os pais devem procurar sempre dosar a tecnologia com a criatividade. "As crianças da era digital encontram-se talvez mais aptas a se relacionar através de um teclado do que com a fala, o olhar e o toque. É importante desenvolver a linguagem não verbal, reconhecer sentimentos através da face e dos gestos, interagir com diferentes grupos sociais, aprender a escutar, expressar suas emoções e ser empática. Por outro lado, estudos indicam que as que lidam com computador têm maior concentração e melhores habilidades cognitivas".
O médico explica ainda que o cérebro é um órgão dinâmico, que deve ser esculpido. "O cérebro não nasce pronto. Precisa ser estimulado e moldado. É como uma cidade com ruas e avenidas. Se você não colocar carros para andarem nas ruas, elas se fecham. Contar histórias, por exemplo, pode parecer uma atividade meramente lúdica, mas estimula o desenvolvimento de atividades de sequenciação e organização".
O estresse libera o hormônio cortisol, que provoca a morte das células do hipocampo, área do cérebro responsável pela memória de longo prazo. Portanto, nada de cobranças excessivas.
"Criança precisa mais dos pais do que de diversas aulas extracurriculares. Talvez seja melhor jogar bola com ela, cantar, brincar, do que colocá-la em aulas. Claro que se ela quer tocar instrumento ou fazer algo específico, fará aula. Mas se for muito cobrada, pode ter transtorno de ansiedade", diz o psiquiatra Fábio Barbirato.
FONTE: http://www.interdidatica.com.br/index.php?link=imprensa/noticias/581.php
quinta-feira, 8 de julho de 2010
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2 comentários:
Excesso de informações, de fato, pode ser um problema. Principalmente quando estas informações não se convertem em conhecimento.
Esta dificuldade é real e pode mesmo ser sentida na grande dificuldade que as pessoas tem de escutar umas às outras. Não temos mais paciência para isso. Parafraseando Rubem Alves, temos hoje muitos peritos em "oratória" e pouquíssimos que entendem de "escutatória".
Certamente cabe a nós educadores auxiliarmos nossos jovens a descobrirem a riqueza de conhecer o diferente, o novo e sobretudo, aprender com estas realidades.
Acho que a palavra "mágica" é EXCESSO. Muita atividade faz mal, pouca atividade também. Muito exercício faz mal, pouco também. E por aí vai...
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